slots fortunes Prisões não existem para lidar com o crime, diz intelectual abolicionista
[RESUMO] Em entrevista à Folhaslots fortunes, geógrafa e intelectual renomada no debate sobre o abolicionismo penal questiona a ideia de que prisões são parte inevitável da ordem social, afirma que o encarceramento em massa acompanha o aprofundamento da desigualdade e do poder político de forças de segurança e diz estar preocupada não só com o avanço do fascismo no mundo, mas também com a adesão de outras forças políticas à agenda punitivista.
Ruth Gilmore, 74, vê motivos para otimismo, ainda que moderado, ao olhar para o cenário de punitivismo e violência do Brasil. Não porque as políticas de segurança pública do país estejam, em sua avaliação, no rumo certo, muito pelo contrário, mas porque o diagnóstico crescente de falência do encarceramento em massa vem ampliando o horizonte do movimento abolicionista.
jogo do tigreGeógrafa, professora da Cuny (City University of New York) e referência fundamental do abolicionismo penal, Gilmore percorreu o Brasil em meados de 2024 para lançar "Califórnia Gulag", seu primeiro livro publicado no país, pela casa independente Igrá Kniga —a coletânea de ensaios "Geografia da Abolição", outro trabalho influente da bibliografia sobre o tema, deve ser editada em breve pela Boitempo.
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A ativista e intelectual participou de encontros com movimentos sociais e eventos acadêmicos em Salvador, São Paulo, no Rio de Janeiro e em outras cidades e afirma ter testemunhado iniciativas que, embora pequenas, vêm moldando uma infraestrutura abolicionista no país.
Jogo do FortuneEm sua obra, Gilmore sustenta que o abolicionismo penal não se resume à luta pelo fim das prisões: em um plano mais concreto, além de fechar penitenciárias, seria preciso abrir centros comunitários, escolas, parques e tudo o mais necessário para transformar sociedades desiguais que hoje, em vez de evitar que a violência irrompa, apostam na punição como única alternativa.

Em entrevista por videochamada à Folha de Lisboa, onde mora durante parte do ano, a pesquisadora defende que as prisões e o sistema de Justiça atuais não servem para lidar com o crime e diz que, no paradigma do que chama de complexo industrial-prisional, "produzir prisioneiros não é tão diferente de produzir sapatos".
Jogos de Cassino Online no Br — Melhor experiência de cassino online, Super Οdds e Ofertas especiais. Confiança e emoção te esperam aqui. Divirta-se! suporte 24 horas por dia. saque instantâneo.Gilmore afirma suspeitar que os membros do gabinete de Donald Trump vão manter a aposta em medidas de endurecimento penal e na deportação em massa de imigrantes para satisfazer seus eleitores, mas alerta que olhar exclusivamente para o republicano e a extrema direita pode enfraquecer a crítica ao punitivismo em outros quadrantes do sistema político: nos EUA, "o grande presidente das deportações deste século foi Obama" e, no Brasil, o governo Lula (PT) não parou de construir novas prisões, aponta.
Jogo Fortune TigerAs prisões são vistas como o ponto final do sistema de Justiça —quem comete um crime é detido, condenado e mandado para a prisão—, e isso costuma ser considerado um caminho natural. Por que nada disso é natural? Por que a sra. concebe as prisões não como um produto passivo, mas como algo que molda o funcionamento do sistema de Justiça e da sociedade? A ideia de que as prisões são uma parte normal, natural e inevitável de qualquer ordem social me parece um problema. Há cerca de 25 anos, começamos a nos perguntar: que tipos de relações levam as prisões a parecerem normais, necessárias e inevitáveis e o que pode ser feito para interrompê-las?
Essa é tanto uma questão prática –como as pessoas podem organizar a sociedade de forma diferente?— quanto uma espécie de questão discursiva —como devemos falar sobre o crime para ajudar as pessoas a pensar de forma diferente sobre o que achavam que já sabiam?slots fortunes