qual melhor hora para jogar no tigrinho Cisjordânia é novo alvo de Israel após cessar-fogo em Gaza
Dois dias após o início do cessar-fogo com o Hamas na Faixa de Gaza e na sequência da posse de Donald Trump como novo presidente americanoqual melhor hora para jogar no tigrinho, o governo de Israel lançou uma grande operação militar na Cisjordânia ocupada.
"Estamos agindo sistematicamente e de forma resoluta contra o eixo iraniano em qualquer lugar no qual ele estenda seus braços, em Gaza, Líbano, Síria, Iêmen, Judeia e Samaria", dissequal melhor hora para jogar no tigrinho o premiê Binyamin Netanyahu, usando a nomenclatura israelense para a Cisjordânia nas duas últimas citações.
![Rua aberta, com terra revolvida, em um local com casas simples de alvenaria. O céu está azul](https://f.i.uol.com.br/fotografia/2024/10/01/172776176766fb8d674b27d_1727761767_3x2_md.jpg)
Assim como ocorreu com o Hezbollah no dia em que Israel começou a destruição de sua liderança, em setembro passado, a ação na Cisjordânia foi incluída no rol de objetivos de guerra do gabinete de segurança de Israel.
ZA9BET é segurança e diversão - A Ona ta ON: diversão e ganhosA informação foi dada pelo ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, último integrante da ultradireita religiosa no colegiado de dez pessoas depois que o radical Itamar Ben-Gvir (Segurança) deixou o governo em protesto contra o cessar-fogo em Gaza.
A ação é centrada em Jenin, foco de grupos de resistência armada ao Estado judeu na região. Para líderes locais, contudo, o objetivo é outro: tornar a vida insustentável para os palestinos e abrir caminho para mais assentamentos judaicos ilegais na Cisjordânia.
Segundo nota das Forças de Defesa de Israel, a operação envolve militares, forças especiais do serviço de segurança interna Shin Bet e policiais de fronteira. O Ministério da Saúde palestino disse que morreram ao menos 10 pessoas, e outras 35 foram feridas.
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A Folha falou com um líder comunitário no campo de refugiados da cidade, que disse haver "um enxame de soldados" na rua. Ele, que pediu anonimato, disse que a operação começou na manhã desta terça (21), madrugada no Brasil, com explosões. Foram empregados drones e helicópteros de ataque Apache na operação. Depois, vieram os soldados, alguns blindados e escavadeiras militares.
Segundo o Exército israelense, a "operação antiterrorismo" terá "duração indeterminada". Não é a primeira do tipo: desde 2022 houve um aumento dessas ações, com diversas mortes relatadas do lado palestino. No ano passado, ficou notório o caso em que soldados jogaram o corpo de um jovem morto do telhado de uma casa em Jenin.
O campo de refugiados da cidade, o mais importante e empobrecido dos 19 da Cisjordânia, também serve de base para lideranças de grupos como o Jihad Islâmico, como a reportagem pôde constatar durante visitas em setembro passado.
A terminologia em si é enganosa: trata-se de um bairro urbanizado, que se mistura à cidade, tendo crescido ao redor das tendas de refugiados árabes nos anos 1950.
Moram lá cerca de 15 mil dos 50 mil habitantes de Jenin, terceira maior cidade da Cisjordânia, território que é administrado na teoria pela ANP (Autoridade Nacional Palestina) —o rival Hamas dominava Gaza desde 2007, mas agora é incerto o que irá acontecer na faixa arrasada pela guerra iniciada depois que os terroristas do grupo atacaram Israel em 7 de outubro de 2023.
O emprego de escavadeiras permite prever a repetição daquilo que a Folha viu quando esteve em Jenin: a destruição de ruas inteiras sob o pretexto de procurar explosivos escondidos. O resultado prático é a obliteração do próprio conceito de ir e vir.
O contexto agora é diferente. O cessar-fogo de seis semanas em Gaza, ainda em sua etapa embrionária de troca de reféns do Hamas por prisioneiros palestinos, permite ao governo de Netanyahu voltar seus olhos e armas com mais atenção à Cisjordânia.
fortune tigerÉ música para os ouvidos da ultradireita que o apoia no Parlamento, mas que protesta contra o cessar-fogo por considerar que o acordo liberta assassinos e bloqueia a possibilidade de ocupar o norte de Gaza com colônias judaicas.
Como citou Netanyahu em sua nota, o Oriente Médio é outro depois do 7 de Outubro. Hamas e Hezbollah foram muito degradados, a ditadura síria caiu e Tel Aviv ocupou mais território do vizinho, e Israel ataca os rebeldes houthis do Iêmen. Em comum, todos são adversários do Estado judeu bancados pelo Irã, que está em retirada estratégica.
A situação também explicita a precariedade da ANP, que os EUA querem ver reformada para cuidar também da Faixa de Gaza. Os palestinos nada podem fazer contra a presença militar israelense, que vai além daquilo que foi permitido pelos acordos de paz dos anos 1990.
E há o fator Trump. Em conversa com jornalistas enquanto assinava sua sequência de decretos na noite de segunda (20), o americano suspendeu sanções impostas contra colonos israelenses na Cisjordânia e disse que não "está confiante" nas chances de o cessar-fogo em Gaza sobreviver às suas três fases previstas.
Na Ona a segurança é garantida — 18+ | Jogue com responsabilidade. Na ZA9BET, você se diverte como os grandes nomes do Insta!"Não é nossa guerra, é deles. Não estou confiante. Mas acho que eles estão bastante enfraquecidos do outro lado", disse, referindo-se ao Hamas. A fala faz crescer a suspeita de que Netanyahu, um aliado que foi forçado por Trump a aceitar o cessar-fogo, não pretende cumprir todo o acordo mediado pelos EUA, Qatar e Egito.