pg tigre Governo vai reduzir imposto de importação para baratear alimentos, diz Rui Costa
O ministro da Casa Civilpg tigre, Rui Costa, disse nesta sexta-feira (24) que o governo federal está monitorando os preços dos alimentos no mercado interno e no exterior e que pode reduzir alíquotas de importação para ajudar a baratear os produtos.
"Todo aquele produto que estiver com o preço interno maior do que o preço externo, nós vamos atuar de imediato, por exemplo, na alíquota de importação", afirmou o ministro a jornalistas.
Rui Costa descartou a adoção de medidas consideradas "heterodoxas", citando em particular subsídios, tabelamento, entre outras estratégias. Disse ainda que não haverá os "fiscais do Lula", em referência aos fiscais do Sarney dos anos 1980.

"Os produtos que estejam com preço interno maior do que o preço externo, nós atuaremos na redução de alíquota para forçar o preço a vir, pelo menos, para o patamar internacional. Não justifica nós estarmos com preços acima do patamar internacional. Não tem a menor explicação para isso, já que o Brasil se constitui como um dos maiores produtores de alimentos de grãos do mundo", acrescentou Rui Costa.
A fala do ministro aconteceu após reunião nesta sexta-feira entre o presidente Lula e ministros sobre propostas para baratear o preço dos alimentos, tema que se tornou prioridade para o governo federal neste início de ano.
Rui estava acompanhado dos ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário). Também participaram da reunião Fernando Haddad (Fazenda), Esther Dweck (Gestão) e o diretor-presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O encontro durou cerca de três horas.
Carlos Fávaro também comentou a hipótese de reduzir a alíquota de importação de produtos, citando como exemplo o caso do milho, cujo preço no mercado interno está acima do praticado internacionalmente.
"O milho no mercado interno está um pouco mais alto do que no mercado internacional. Não queremos fazer nenhum tipo de intervenção heterodoxa, mas se somos exportadores de alimentos, não pode o nosso alimento estar mais caro aqui do que lá fora", afirmou o ministro da Agricultura.
"Esse, pontualmente, se confirmado, pode ser um caso para baixar as alíquotas para que, no mínimo, ganha paridade internacional, que é o que rege o mercado", completou.
Questionada sobre o possível impacto fiscal da medida, a Fazenda informou que "só comenta medidas anunciadas ou publicadas".
Folha Mercado jogo do tigreHavia a expectativa ao longo da semana de que o governo apresentasse um pacote de medidas para segurar a inflação dos alimentos, em particular após pedidos do próprio mandatário, falas públicas de Rui Costa e uma série de reuniões para discutir o tema.
O governo, no entanto, disse que vai trabalhar para intensificar iniciativas de estímulo à produção agrícola já existentes, em particular aquelas destinadas aos produtos que compõem a cesta básica.
"O presidente foi apresentado a algumas sugestões. Mas eu diria que o carro-chefe, para resumir, é que o presidente pediu para que deem uma lente de aumento, foco maior, na hora da definição de políticas públicas já existentes", afirmou Rui Costa.
"Que esses estímulos sejam mais concentrados, [com] foco maior, nos produtos que fazem parte da cesta básica", completou.
Ainda em relação aos estímulos, o ministro Carlos Fávaro citou que o próximo Plano Safra pode ter como foco os produtos que chegam à mesa da população brasileira.
Receba Até R$1000 de Bônus - Até R$1000 Para Novos Usuários"É importante dizer que o presidente determinou que a gente já comece a discutir medidas de estímulo, um novo Plano Safra que estimule mais, principalmente os produtos que chegam à mesa da população. E é a partir disso então que nós vamos nos debruçar", afirmou.
Os ministros também citaram que existe a expectativa de uma supersafra neste ano, o que pode contribuir para aumentar a oferta dos alimentos e assim reduzir os preços.
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Entre as iniciativas a curto prazo, Rui apenas mencionou mudanças nas regras de vale-alimentação e vale-refeição, como haviam sido divulgadas por Haddad. O chefe da equipe econômica vai apresentar nos próximos dias uma análise ao Palácio do Planalto.
O ministro da Casa Civil disse que o "custo de intermediação desses benefícios está alto" e quer que o valor chegue integralmente ao trabalhador.
Os ministros também apresentaram ao presidente Lula um diagnóstico do motivo da alta nos preços dos alimentos. Rui Costa afirmou durante a entrevista que "não tem a ver com a economia brasileira", citando que os valores elevados estaria relacionado com a alta do preço das commodities internacionalmente.
Folha MercadoLula já havia cobrado duramente os seus ministros durante reunião na segunda-feira (20) para que apresentassem medidas para conter a inflação dos alimentos. As cobranças foram direcionadas principalmente a Paulo Teixeira e Fávaro.
A inflação dos alimentos se tornou um ponto de desgaste para o governo Lula nos últimos meses. A primeira semana com foco nessa questão, no entanto, acabou marcada por ruídos com o mercado e também por críticas ao governo nas redes sociais. O governo então passou a agir para reverter desgastes e cobrou integrantes da Esplanada para que não vazem medidas sem terem sido aprovadas.
O primeiro ruído aconteceu quando o ministro Rui Costa disse que o governo vai buscar um "conjunto de intervenções" para baratear o preço dos alimentos. Ele afirmou ainda que recebeu sugestões de associação de supermercados e que deve acatá-las, mas sem detalhar as medidas.
"No final do ano passado, [Lula] fez reunião com redes de supermercado e eles sugeriram algumas medidas. Vamos implementá-las agora no primeiro bimestre. A partir dessas reuniões, ouvindo produtores, buscar medidas que consigam reduzir preço dos alimentos", disse.
A palavra "intervenção" costuma ser associada a medidas como tabelamento e controle de preços, por isso houve reação do mercado. Rui Costa então concedeu entrevista para esclarecer e sugeriu a todos trocar a palavra "intervenção" por "medidas" para evitar ruídos de comunicação.
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